Título: A SAÚDE MENTAL E A LOUCURA: JUSTIFICATIVAS PARA LEGITIMAR A DESUMANIZAÇÃO DO SUJEITO INSTITUCIONALIZADO
Proponente(s): Silva, M. I. J.
Aluno(s):
Mota, G. B. A.
Souza, A. C. C.
Silva, K. S. S. L.
Moraes, M. C. B.
Dantas, E. S.
Andrade, V. H. S.
Araújo, T. R. A.
Pedro, R. C. L. S.
Área: Ciências Biológicas e da Saúde
Resumo:
A história da saúde mental e da loucura é marcada por práticas que refletem percepções sociais deturpadas sobre a doença mental, trazendo luz às dinâmicas de poder que constituíam um modelo social hegemônico que impunha o parâmetro do ideal, do aceitável, onde os dispositivos de dominação eram utilizados com a finalidade de asilar aqueles que divergiam do que era estabelecido como normal. Dentre os espaços de segregação destinados aos desviantes da norma, encontravam-se os manicômios, caracterizados como instituições totais, e apresentavam-se como locais onde um grande número de sujeitos, levavam uma vida fechada e formalmente administrada, em condições que inevitavelmente o institucionalizado perdia a dignidade, os direitos e a subjetividade (Goffman, 1961). Por décadas, o modelo manicomial se revelou como um mecanismo de controle social, recorrendo a métodos violentos sob o pretexto de tratamento. Trata-se de uma pesquisa bibliográfica de abordagem qualitativa e com foco no caráter subjetivo do objeto analisado. Por fim, desenvolveu-se uma análise crítica de como a institucionalização do sujeito, caracterizada por um processo de violência, exclusão e desumanização, e que esteve amparada histórica e socialmente em um padrão moral, justificado através de mecanismos dominadores visando a estruturação e manutenção de um indivíduo dócil e submisso.